Olá, quero compartilhar uma situação que vivi nessa semana.
Fui convidado para ser mestre de cerimônia em um baile de
debutante evangélico batista tradicional, mesmo sem nunca ter feito antes, aceitei
e fiquei responsável pela programação do evento, com exceção da parte musical,
que ficara por conta de um DJ.
No sábado, dia do baile, marcamos às 19h para estarmos no
local do evento, onde às 20h a debutante começaria a recepcionar os convidados.
Assim fora planejado. Mas as 19h05 fui comunicado de que o DJ não se faria
presente no baile.
Arrumar uma seleção de músicas para um 15 anos evangélico,
em minutos seria uma tortura, e foi, copia e cola algumas pastas de música dos
cantores que se encontravam em meu HD e vai para a festa, ainda deu tempo de
baixar 1 valsa.
Mais problemas, ao chegarmos no local do evento, ajustes
rápidos e no avançar da hora, coloco para tocar o CD do Thalles Roberto e segue
durante todo o cerimonial, como música de fundo e ambiente.
Não teve a valsa, até aí tudo bem, no final da festa, na
hora de desarrumar o equipamento de som, o responsável (membro da Assembléia de
Deus Tradicional) pelo mesmo, chegou e me disse: - Não entendi nada dessas
músicas de vocês.
Fiquei a pensar... e respondi é assim mesmo, um dia o pastor
da sua igreja vai liberar. Instiguei o homem com vara-curta. Ele
contra-argumentou: - Sabe quantos diáconos existem no campo da nossa igreja?
São 43 diáconos, se ele autorizar, ele está fora, nunca, na nossa igreja não.
Eu em meu direito de resposta, afirmei que iria sim liberar, era só questão de tempo.
Desmontagem do equipamento avançando, ele, o responsável
pelo som, comentando alguns eventos evangélicos da qual tocará, como foi, quais
igrejas foram, os cultos, o mover do Espírito Santo e tal, e disse mais: - Hoje
foram as piores músicas que tocaram em meu som.
Pronto, o homem me calou naquele momento.
- O que foi aquilo? Aceito que não poderia ter sido uma das
melhores escolhas, mas a debutante gostou.
Queria entender, se o problema está na doutrina da igreja,
no gosto pessoal ou no ritmo da música, para aquele homem ter se ‘enojado’ com
o repertório improvisado que fora colocado.
Ao meu ver, Thalles Roberto canta a Palavra de Deus, na
mesma proporção que clássicas cantoras pentecostais, e inclusive fala em
línguas estranhas em algumas de suas músicas.
Penso desde então:
Quais influências a música, com seus estilos, ritmos e
variações, tem causado frente às igrejas (ou aos membros que a compõe)?
Quais os ‘muros’ existentes para uma denominação exaltar o
Forró e extirpar o Pop-Rock ?
* Lembro que, não estou entrando no mérito do que é ou não é
Louvor Congregacional, mas de que música pode e que não pode entrar e ser
ecoada ou entoada na igreja.
Por William Costa.
@WCosta2
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