quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O repertório de um 15 anos evangélico.


Olá, quero compartilhar uma situação que vivi nessa semana.

Fui convidado para ser mestre de cerimônia em um baile de debutante evangélico batista tradicional, mesmo sem nunca ter feito antes, aceitei e fiquei responsável pela programação do evento, com exceção da parte musical, que ficara por conta de um DJ.

No sábado, dia do baile, marcamos às 19h para estarmos no local do evento, onde às 20h a debutante começaria a recepcionar os convidados. Assim fora planejado. Mas as 19h05 fui comunicado de que o DJ não se faria presente no baile.

Arrumar uma seleção de músicas para um 15 anos evangélico, em minutos seria uma tortura, e foi, copia e cola algumas pastas de música dos cantores que se encontravam em meu HD e vai para a festa, ainda deu tempo de baixar 1 valsa.

Mais problemas, ao chegarmos no local do evento, ajustes rápidos e no avançar da hora, coloco para tocar o CD do Thalles Roberto e segue durante todo o cerimonial, como música de fundo e ambiente.
Não teve a valsa, até aí tudo bem, no final da festa, na hora de desarrumar o equipamento de som, o responsável (membro da Assembléia de Deus Tradicional) pelo mesmo, chegou e me disse: - Não entendi nada dessas músicas de vocês.

Fiquei a pensar... e respondi é assim mesmo, um dia o pastor da sua igreja vai liberar. Instiguei o homem com vara-curta. Ele contra-argumentou: - Sabe quantos diáconos existem no campo da nossa igreja? São 43 diáconos, se ele autorizar, ele está fora, nunca, na nossa igreja não.

Eu em meu direito de resposta, afirmei que iria sim liberar, era só questão de tempo.

Desmontagem do equipamento avançando, ele, o responsável pelo som, comentando alguns eventos evangélicos da qual tocará, como foi, quais igrejas foram, os cultos, o mover do Espírito Santo e tal, e disse mais: - Hoje foram as piores músicas que tocaram em meu som.

Pronto, o homem me calou naquele momento.

- O que foi aquilo?  Aceito que não poderia ter sido uma das melhores escolhas, mas a debutante gostou.

Queria entender, se o problema está na doutrina da igreja, no gosto pessoal ou no ritmo da música, para aquele homem ter se ‘enojado’ com o repertório improvisado que fora colocado.

Ao meu ver, Thalles Roberto canta a Palavra de Deus, na mesma proporção que clássicas cantoras pentecostais, e inclusive fala em línguas estranhas em algumas de suas músicas.

Penso desde então:

Quais influências a música, com seus estilos, ritmos e variações, tem causado frente às igrejas (ou aos membros que a compõe)?

Quais os ‘muros’ existentes para uma denominação exaltar o Forró e extirpar o Pop-Rock ?  

* Lembro que, não estou entrando no mérito do que é ou não é Louvor Congregacional, mas de que música pode e que não pode entrar e ser ecoada ou entoada na igreja.

Por William Costa.
@WCosta2

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